Asfalto-Piscina
Postado por
NaNa Caê
segunda-feira, 6 de junho de 2011
21:14:00
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Arranco pedaços da minha pele como se eles não precisassem de mim, em poucas horas começarão a se decompor no chão. Arranco tanta gente, roupas, tecidos velhos costurados com linha de anzol, puxo com firmeza os braços que não me interessam mais, debaixo de sol, chuva ou tempestades em copo d’água. À noite finjo que durmo, fecho os olhos, deixo que escorram todas as lágrimas criadas durante o passar do dia. Quando acordo, torço meu travesseiro em um bule, das lágrimas faço meu café, não te ofereço, nunca, até nisso sou egoísta, mesmo tendo sido você quem me fez chorar. Compro amendoins e cocadas pra te suprir daqueles vários outros modos que não consigo, não sei, mas acho que oferecendo comida e dinheiro, eu possa melhorar no que sou. E eu me contentaria apenas em pensar, não conversar com ninguém, exceto com você, contar o que sempre fica girando na minha cabeça, me deixando tonta, fazendo vomitar naquelas ruas tão limpas, asfalto feito de azulejo de piscina, em que deito, brinco de me afogar, enquanto engulo alguns litros de piche, azul.
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[Ouvindo: Chairlift - Planet Health]
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Arranco pedaços da minha pele como se eles não precisassem de mim, em poucas horas começarão a se decompor no chão. Arranco tanta gente, roupas, tecidos velhos costurados com linha de anzol, puxo com firmeza os braços que não me interessam mais, debaixo de sol, chuva ou tempestades em copo d’água. À noite finjo que durmo, fecho os olhos, deixo que escorram todas as lágrimas criadas durante o passar do dia. Quando acordo, torço meu travesseiro em um bule, das lágrimas faço meu café, não te ofereço, nunca, até nisso sou egoísta, mesmo tendo sido você quem me fez chorar. Compro amendoins e cocadas pra te suprir daqueles vários outros modos que não consigo, não sei, mas acho que oferecendo comida e dinheiro, eu possa melhorar no que sou. E eu me contentaria apenas em pensar, não conversar com ninguém, exceto com você, contar o que sempre fica girando na minha cabeça, me deixando tonta, fazendo vomitar naquelas ruas tão limpas, asfalto feito de azulejo de piscina, em que deito, brinco de me afogar, enquanto engulo alguns litros de piche, azul.
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[Ouvindo: Chairlift - Planet Health]
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"À noite finjo que durmo, fecho os olhos, deixo que escorram todas as lágrimas criadas durante o passar do dia."
Bom saber que eu não sou a única.
s2
perfeito, adoro teus textos.
nana eu adoro seus textos de verdade parabéns. eu lembro que fiquei te enchendo o saco pra me ajudar a como instalar um tema pro meu blog, consegui.. depois se quiser dá uma olhada, eu também escrevo >> http://arremessandosocos.blogspot.com/2011/06/prisao-para-mortos-vivos.html
Lindo, Nana.
Sempre que você vai me faz falta seu café sem açúcar todos os dias de manhã.
Sabe brincar bem com essa coisa de escrevinhar nos afogamentos da vida, dona nana caê.
será um talento escondido?!
Ual,eu simplesmente estou arrepiada com teus textos. Tem um dom fantástico,virei super fã
parabéns ! gostei muito mesmo
seus textos são lindos!