Postado por
NaNa Caê
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
11:10:00
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Esgueiro pelos cantos
Fingindo ser arisca
Atenta o bastante pra não cair em nenhuma mão
Fico ao seu lado pela comida
A casa
A cama
Os movimentos tranquilos
Você sai
Viro fera
Bicho
Bicha
Quando estou feliz
Pulo pelas paredes
Subo no sofá
Me enrolo
Não estrago as cortinas
Passo por cima dos livros
Os admiro
Tanto quanto
A noite
A poesia
As inúmeras palavras bonitas
Ainda mais quando ditas
Entre sarcasmos e ironias
E uso de tantas artimanhas ...
Roçadas do meu pêlo
E pedidos de cafuné
Gosto de água
Não bebo leite
Odeio peixe
Diferente
Sofro
Me mato quase todos os dias
Achando que sou um quase-gato
Que possuo bem mais que 7 vidas
Por favor
Tente aí
Faça um esforço pra mim
Desperte essa loucura
Ou transforme essa pobre menina
Que se acha tão esperta
Num felino
E não em uma mulher
.
[ Ouvindo: The kills - Black Balloon ]
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NaNa Caê
09:13:00
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Morto não se mexe
Não deve poder
Então como pra não morrer
Respiro pra viver
Vivo pra escrever
Escrevo pra não enlouquecer
Se me descontrolo encho a folha
Não há calma
Se não solto tudo em tinta
Aí que engano a alma
Semana passada
Em um ponto sentada
Vi o ônibus se aproximar
Parar
Abrir as portas
Era o número pro meu destino
Mas não me movi
O caderno estava aberto
A caneta se contorcia
Entre dedos e papel
Não podia parar
O raciocínio
Expulsar
Apressar
Fui dura com as idéias dominantes
Gritei para serem rápidas
Piorei a letra
Pra ser mais ágil
Mesmo assim tive que correr
Literalmente correr
Nesse exercício saudável forçado
Deixei a carteira cair
Sem perceber
Dois pontos a frente desisti
Tive que descer
Apenas com verde, verde
E mais verde ao meu redor
Mato
Não dinheiro
Que fique bem explicado
Voltei a pé pra achar
A maldita
Traiçoeira
A encontrei
Depois de andar
Suar quase toda imaginação
Em um sol das 4
Quase 40 graus
Ainda tive que esperar uma hora
Pela próxima condução
Enfim
O que ganhei ?
Mais tempo para preencher linhas
E uma simples conclusão :
Escrever realmente me cansa
.
[Ouvindo : Jon Brion - Theme
Eternal Sunshine of the Splotess Mind ]
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NaNa Caê
domingo, 30 de agosto de 2009
15:53:00
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Por questão de respeito pleno
Constante falta de impulso
E coragem
Se segura
Abaixa a cabeça
Leva cascudos sem achar ruim
Fica então no ar apenas um
''Seja mais delicada''
Almoça torta de frutos do mar
Pra ver se nasce uma repentina
Presença espiritual cósmica
Uma imaginária gostosa aproximação
Já que ela quando chega em casa
Come
sacos e mais sacos
De camarão
.
[Ouvindo: Silvia Machete- Toda Bêbada Canta]
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NaNa Caê
15:30:00
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Não converte mais dinheiro
Em pão de queijo
Mas sim em cigarros
Transforma dias em espera
Noites em insônia
Destaca ilusão em felicidade
Sente o odor que incomoda
Acha que é a roupa
Rasga
Destroça a fantasia
Fica nua
Pelada
Despida
Mas ainda há o cheiro
Forte
Pesado
De saudade
Impreguinando as narinas
Arranha o rosto
Arranca a pele
Retira o coração
De escritor vira médico
Opera
Modifica
Melhora
Tenta acabar com a patologia
Agora só pulsa
Não sente
Consegue a cura
.
[Ouvindo: Barão Vermelho - Down em Mim ]
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NaNa Caê
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
09:31:00
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Manda ter amor próprio
Procurar um especialista se for preciso
Chora
Fala do passado
Do fim
Da presente
Constante
Massacrante falta
Os distantes
Fazem perguntas concretas
Mais que diretas
Esperam respostas certas
Mas por que mentem tanto ?
Calo
Viro o rosto
Finjo que não sei
.
[ Ouvindo: Joy Division - She's Lost Control ]
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NaNa Caê
08:07:00
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Eu não quebro tons
Apenas não tenho mais molejo
A ousadia do experimentalismo me deixou
Esqueci como se cria
Se toca
Não me lembro como cantar seu amor
Esqueci como se cria
Se toca
Não sei mais abraçar teu calor
A ausência de ousadia não irá melhorar nada
Mas ela em sua essência e plenitude
Talvez ainda nos ajude a dormir
.
[ Ouvindo : Yeah Yeah Yeahs - Modern Romance ]
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NaNa Caê
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
10:26:00
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A cadeira
Com quase 60 centímetros
Em cada perna
De cor amadeirada
Servia de suporte para a loucura daquele homem
O relógio
Contava
A pressa das pessoas
Suas caras de afetadas
Não marcava
Horas e minutos
Esse papel ficava para o líquido
Transparente
Frio
E sem gosto
Cada paciente que chegava á sala
Se sentia incomodado com os outros olhares
Refugiavam-se na sede
Iam beber água
Cada virada na boca
Diminuía tudo no galão
Ia surgindo uma história diferente
Que aguardava para ser examinada
Pelo psiquiatra
O estranho senhor da razão
Brancas
Reluzentes
Tentavam passar calma
Mas logo se estressavam
Desistiam
Eram apenas quatro paredes
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NaNa Caê
10:18:00
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Como se o tempo tivesse o peso de quinhentas pedras
Todas nas costas
Cansando
E deixando-o ofegante
Olha lentamente pra ela
-Está terminando mesmo comigo ? - Sussurra nervoso
-Sim, mas não é por maldade ou vingança.
Apenas não aguento mais e sei que você também não
-Tudo bem, você tem razão. Vamos deixar as pedras no chão.
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NaNa Caê
10:02:00
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Mudanças drásticas perturbam
Nem que seja por um curto
Tempo
Ou descaso
Do acontecido
A verdade que você pensava
No momento
Eu a quebro
E também te parto ao meio
É mais fácil conviver e crer em previsões ?
Pra mim isso não funciona
Adoro pré-julgamentos
A baboseira de discriminar livros só pela capa
Que tamanho é documento
Olhares disfarçados
Distorções além dos fatos
Me interessa realmente surpreender mentes alheias
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NaNa Caê
09:27:00
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Sabe a tal força dos dizeres?
Pois é ...
Só tenho domínio sobre ela
Quando não quero perder algo
Ou pretendo atingir alguém
Não que esse baque seja planejado
Doloroso
Se bem que quando alguém entra em coma
E fica tempos sem se mexer
Até levantar a sobrancelha dói
Então desminto
Deve machucar mesmo
As palavras que quase nunca são ditas
Aparecerem
Assim
Quase que do nada
Com tanta precisão
.
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NaNa Caê
08:24:00
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As bobagens terão fim
Assim como as confusões
Os escritos
A própria respiração
Eu me retiro
Saio antes que acabem comigo
Inventem mais
Falta tanta poesia em sua contestação
Que quase morro de frio
Nesse calor
Pode ir...
As bolhas de sono estão prontas
Pra explodir
Agora
Na hora marcada
Ou também na não esperada
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NaNa Caê
terça-feira, 25 de agosto de 2009
08:25:00
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A arte está no risco de saber se perder
Por entre as palavras
Figuras
Orações
O risco se encontra na dinâmica
De permitir encontrar-se na arte
Venha
Não apenas com seu corpo
Mas com toda essência
Mente e parnafenalha
Do agora
Antes
E depois
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[ Festa ArteRisco II - Setembro ]
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NaNa Caê
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
11:12:00
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Na minha direita
O bom pastor
Do outro lado
A humilde Plin-Plin
Nos colocaram de juíz
Pra ver
Sonegação de impostos
Manipulção além da ditadura
Chega
Não tenho saco
Caramba
Sou mocinha
Porra
Não tenho paciência
Pra ficar aqui
No rádio
No jornal
Ou na tv
Vendo esses dois se engalfinharem
Só pra chamar a atenção
De mim
De você
de toda nação
Só pra ver quem fica com a maior audiência
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NaNa Caê
10:58:00
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A mente engana
Assim como prostitutas
Mágicos, palhaços
Ruas sem saída
Burgueses pseudo ideologistas
Espera em sala de dentista
Horário de verão
Já o outro ...
Casado com o amor
Amigo da paixão
Pulsa
Enlouquece em diferentes marchas
Lentas e rápidas
Não vê certos intuitos
Depois
Pra finalizar
Finge que não faz parte de mim
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NaNa Caê
09:30:00
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Ontem perdi pontos
Quase abandonei o jogo
E as regras que criei pra mim
No final
Parei
Respirei
E Lembrei
De algo que nunca posso deixar pra trás
De como é essencial manter uma linha
Dominar privilégios
Tirar proveito
Tanto da sorte quanto do azar
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NaNa Caê
09:05:00
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Durante a madrugada
Principalmente perto das 7
Litros e mais litros
De possíveis sentimentos jorrados
No rosto
Nas mãos
Talvez pelo corpo inteiro
Menos no coração
Estranhamente não me senti vazia
Como das outras
Insistentes/perturbantes vezes
Estou agora leve
Sem placas
Cantadas baratas
Ou listas
Apenas com o saber de uma resposta não tão feliz
Podendo ser dita em até
Mais de 3 línguas
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NaNa Caê
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
08:40:00
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Vi
Correndo pelos cômodos
Pulando da escada
Preenchendo todo vazio
Fazendo teatro em pleno jornal
Vi
Excedendo a alegria
Gritando
Dançando
Achando que tudo é um carnaval
Ela
Não gosta de balé
Só da bailarina
Cecília Meireles que lhe apresentou
Faz rimas
Inventa bilhares de coreografias
Diz que o fundo da casa
É palco pra show
Menininha mostre o que você faz
Seja na piscina
bicicleta
Como mãe de suas bonecas
Confirme que com você a felicidade chegou
Deixe de lado qualquer problema
Transborde sua guardada euforia
Esqueça qualquer temor
Se pinte com quantas cores quiser
Por que hoje você pode
Completamos 9 anos de puro amor
.
[Parabéns
Para a miniatura de poetiza/dançarina/coreógrafa
matemática/dramaturga/cantora
nadadora/mãe da boneca Sophia
minha irmã Vitória ...
"Vi" para os mais íntimos]
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NaNa Caê
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
10:12:00
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Hoje acordei perigosa
Ácida
Rancorosa
A ironia na certa vai me perseguir
Durante todo esse dia
Que seja
Amanhã vou eu atrás dela
Só pra descontar
Me vingar
Não que isso me faça bem
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NaNa Caê
08:50:00
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Estou mostrando os 3 dedos
Bem do meio
Para os guilhotinados em minha mente
E espero realmente que eles saibam ler entrelinhas
Vamos lá pessoinhas..
Alegria
Alegria
Minha gente boa
Gente fina
Se matem pelas escadas
Na minha frente
E pelas praças
Não me atingindo
Continuo ótima
Enquanto a você...
Não se exalte
Não perca a calma
Toma um conselho aqui da titia
Um gole
Tudo só de uma vez
Esfrie a cabeça
Na torneira
No chuveiro
Na privada
Entre no congelador se for preciso
Por que mesmo que apareça o melhor ser
do seu lado
Meu pressentimento ainda será o mesmo
É simples
Tudo fode
Não há paciência
Um lamenta
Enquanto o outro chora
Então alguém escorrega
Nessa salgada poça
Perde o equilíbrio
Cai
Racha a cabeça
E a raiva não demora
Mas a vida continua linda
Queridinhos
O coração na verdade nada sofre
Pulsa
Quica no peito feito uma bola
E a memória nossa boa sobrevivente
Bacaninha que só ela
Apita
Toca musiquinhas
Feito alarme chato as 6 da manhã
Gritando:
"Fique de pé! Novamente é hora de se levantar!"
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NaNa Caê
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
09:42:00
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Falaram-me de lanches
De uma fila cotidiana
Encontro de olhares
Arrisquei
Me expus mais
Cogitei maior
Tirei os olhares e coloquei vidas no lugar
Eu compreendi
Não apenas pelo fato em si de entender
Entendi por que pensava o mesmo
Sentia igual
Confesso meu ódio mortal
Esperar
Mas não me importei
Estava ali todos dias
Aguardando por um lanche frio
Esperando a tal troca
Não a do dinheiro pela ficha
Ou da ficha pelo salgado
Mas a do saber da existência
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NaNa Caê
08:42:00
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Não responde
Não pergunta
Parece apenas inspirar
Todo som
Toda idéia que flutua pelo ar
Pelo chão
Vagueia na mente
Clareia o coração
Pinta a elegância
Na narrativa dos gêneros
Conta as essências
Nos dedos de apenas uma mão
Escreve na delicadeza o que falta
Procura nos vizinhos
O que esconde em seu porão
Se os sentimentos fossem base para qualquer construção
Nenhuma casa estaria de pé
Nenhum edifício existiria
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NaNa Caê
08:38:00
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As fibras
Entrelaçadas
Intensas
Tão juntas que não há vazio
Me contentaria em ser esse tecido
Importa qual cor teria?
Não
Com certeza a luz como mandante
Me definiria
Em cada tom
Sombreado
Assim as cenas não teriam que ser criadas
Planejadas
Os sentidos não precisariam ter tanto sentido assim
Tanta razão
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Postado por
NaNa Caê
08:33:00
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Você sente
Transcende
Odeia
Muda de opinião
Escuta paredes
Abraça travesseiros
Mastiga promessas
Não dorme na escuridão
Se eu fosse sem avisar
Você não morreria
Na verdade nem se atentaria
A nada
A qualquer partida
Ou chegada
Você fechou tanto os olhos
Que eles quase acreditam ser assim
Cegos
Você mudou tanto o olhar
Que não me reconheceria
Nem a um palmo do seu nariz
O que eu diria a quilômetros de distância
.
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NaNa Caê
08:14:00
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Na escola dos babacas
Aprendi a ser confusa
Pior
Desenvolvi o maldito costume de ser idiota
A simplicidade me ensinaram a detestar
Por isso complico
Problematizo
Sem ao menos me atentar
O que é certo pra você
Detesto
Já seu erro
Me enche de orgulho
Desculpe
Não se trata de maldade
Filha da putagem
Ou falta de caráter
Não sou sacana
Muito menos boa samaritana
Apenas nasci assim com essa alma do avesso
.
Postado por
NaNa Caê
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
08:53:00
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Peque
Pequeno
Príncipe
Por que depois
Não importa o tempo que passe
Seu nome ainda será Maquiavel
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Postado por
NaNa Caê
08:45:00
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Sempre inúmeros problemas de memória
Agora não pode ser tão diferente
Ela vai falhar
Vai me ajudar
Vou esquecer
Tem que parar
Por que dizem por aí que tudo é psicológico
Dor
Fome
Calor
Frio
Por que não o amor ?!
Vou guardar
Esconder
As folhas
Blusas
Alquimias
Flores secas
Tampinhas de cerveja
E por fim a escova vermelha
No fundo
Da caixa
Lacrada
Sufocada
Para que não grite
Perturbe
Destrua duas vidas como um furacão
.
Postado por
NaNa Caê
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
09:07:00
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Não era gripe suína
Apenas uma menina porquinha
Ela cuspiu pela janela
Molhou todo vidro
Escorreu pelo canto da boca
Limpou com os dedos
E depois deu a mão para seu pai
Pronto
Amor selado
E o ponto chegou
É melhor que eles tenham pressa
É melhor que eles desçam logo
Por que o motorista...
Corre que nem o tempo
Acelera junto com as horas
.
Postado por
NaNa Caê
09:01:00
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As vezes o capitalismo é colocado de lado
Sem que aja uma percepção imediata
Mesmo que ilusoriamente a motivação inicial seja
o próprio dinheiro
Ontem meus olhos cederam
Consegui enxergar a beleza
Em sair de um estágio
Mal engolir o almoço
E enfrentar 2 coletivos
Lotados
Por mais de uma hora
Acho que estou aprendendo a dar aula
Acho também que estou gostando muito disso.
.
Postado por
NaNa Caê
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
08:23:00
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Chega
Já deu
Não sou Manuel Bandeira mas vou-me embora ...
Aqui despedaço
Trituro
Remouo
Firo Junto ao sol
As lembranças também fritam
Tenho pelo menos 3 queimaduras
De terceiro grau
Sempre existiu tanta aversão pelo fogo...
Não há por que isso permitir
Ficar tanto tempo nesse calor
Volto pra onde nasci
Troco de lugar
De pele
A cor do cabelo
E o endereço
Quem sabe assim eu não consigo fugir
Das lembranças daquilo que eu tanto persegui ?
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Postado por
NaNa Caê
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
10:36:00
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Estava pensando na quietude
Na falta de determinação
Perseverança
Para eu ficar
Parada
Deitada
Estava ali
Lá
Em quase todo lugar
Acompanhava quem avisava
Ligava
Chamava
Ficava sorrindo
Em pé
Sentada
Sem comer
Sem dormir
Cansei
Desisti
Me entreguei
Ao sono
A mim
Não aguento mais
Mesmos bares
Repetidos lugares
Com o mesmo recheio
As mesmas caras forçadas
Com expectativas pro nada
Acho que a solução é me retirar antes das 10
.
Postado por
NaNa Caê
08:38:00
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Eu escrevo pro vento
Pro teto
Pras cadeiras
Escrevo pra tantas coisas
Tantos móveis
E lugares
Que já não controlo minha vida
O que eu diria então da minha escrita
E assim nada decide o que sai da caneta
Apenas brota
Vai embora
Por sorte minha não volta
E quero mesmo que tudo se afaste
Que essas frases não me reconheçam quando pularem pro papel
As abandono sem medo
Não me culpo
Que órfãos vaguem por aí
Acho que poucas vezes tive instinto materno
E com certeza não vai ser agora
Que vou dar uma de mãezona
Que vou pegar essas palavras-desavença pra criar
Ainda mais dentro do meu coração
.
Postado por
NaNa Caê
terça-feira, 11 de agosto de 2009
11:40:00
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Ahhhhhhhh
Pega essa sua criatividade e joga na minha cara
Vai ...
Se você tem alguma
Então prove
Não perca a oportunidade!
Vomite as dicas
As ênfases
Todas as palavras que faltavam
Pra eu ser feliz
Enquanto perco tempo
Estando levemente pelos cantos
Eu deixo de lado as horas
Os meses
Os anos
O bom de viver
Juro que se fizer isso
Eu engulo tudo o que você disser
Não cuspo no prato em que comi
E depois ainda saio vomitando por aí
Pra quem quiser me ouvir!
.
Postado por
NaNa Caê
08:17:00
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Voltei
Sento na mesa
Não como
Não Bebo
Nada sai também da minha boca
Apenas olho
Lembro
E me perco
Não me encontro no silêncio
Na sua falta
Em nossa ausência
Acho que preciso sair daqui
.
Postado por
NaNa Caê
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
08:26:00
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Eu pensei que era paz
Disse a todos que era paz
Disse baixinho para mim que era
Mas é só desespero
Ausência daquilo que tive tão por perto
300 partes
Eu em 300 modos diferentes
Agora
Além
Apenas palavras...
Sendo que até ditas pode ser arriscado demais
Algo mais perto
Próximo
Poderia te destruir
Então escrevo
Transcrevo
Sozinha
O que ainda sinto
Sozinha (?)
E não sei disfarçar
Não consigo mais me desculpar
Dizendo que é apenas sono
Cansaço
Quero soprar tudo até chegar em tua orelha
Quero soprar
Até ficar sem ar
Cair no chão
E só acordar quando você chegar
Perto
Perto
Mais perto
Acordar apenas quando você voltar
Por que segundo Bazar Pamplona ...
"As minhas piadas são sérias
as minhas risadas são meras desculpas"
.
Postado por
NaNa Caê
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
11:24:00
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Coração torcido
Retorcido
Quase arrancado
Sadomasoquismo seria uma boa
Nessas horas
Seria
Mas não é
Não sou sadomasô
.
Postado por
NaNa Caê
terça-feira, 4 de agosto de 2009
08:32:00
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Que tipo de remédio tem o nome "Astro" ?
Astro ...
Deve ser um daqueles que derrubam
Qualquer doença do palco
Pelo menos a minha eu espero
Que acabe logo
Os pulmões estão ok
A cabeça também
Mas a garganta ...
Minha voz de traveco
Já é tão constante que daqui a pouco
Só me resta ir parar na esquina
Sim
A saúde não vai muito bem
Obrigada
.
Postado por
NaNa Caê
08:21:00
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É ...
Pra quem queria transformar
Tédio em melodia
A vida anda muito sem música
Não ?
Pra quem achava precisar de um veneno
Antimonotonia
Escolhe morrer aos poucos
Em vez de se tratar
É tão difícil encarar ?
Não os olhos ...
Por que isso você faz bem !
Mas os problemas
É tão mais fácil assim desviar?
Da felicidade?
De como seria boa sua vida ?
Mas está certo
Relaxe
Logo logo vou ficar calada
Na minha
Por que sei o que quero
Sei do que preciso
Ele me ajudou ...
Me fez sentir bem melhor
E me disse
Que o amor ainda é tudo
Mesmo nos dias de hoje ainda é tudo
.
Postado por
NaNa Caê
08:14:00
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Bebe
Bebe tudo que colocam na mesa
Explode
A calma
A paciência
A cara de quem tentar parar na sua frente
Não segure mais o que te contém
Sinto que agora posso ir sem medo do que eu poderia derrubar
.
Postado por
NaNa Caê
10:08:00
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Poder
Sorte
ou
Estranheza ?
Autismo por telefone não funciona
Mas ensinar a beijar com 3 passos dá certo
O plano foi deixado de lado
Assim como todo o resto
Só pra te mostrar que ainda há segurança
.
Postado por
NaNa Caê
10:03:00
.
Mataram
Me desculpe
Mas isso é fato
Na verdade...
Você matou
Eu matei
E o fim simplesmente nos torturou
Confesso ainda me maltrata
Não foram promessas vazias
Garanto!
Nem minhas
Nem suas
Mas acho que compreendo agora
A sinceridade não existe
Não por completo
E quando começamos a inventá-la
Tudo desabou
Não vejo seu nome em finais de folhas
Não tenho mais seu rosto no meu travesseiro
Não sinto o gosto de cerveja na boca quando bebo
Não sinto sua boca com gosto de cerveja na minha
Não sinto
.
Postado por
NaNa Caê
09:59:00
.
Como se fossem...
Pés
Na cabeça
No coração
Dói
Fere
Você pode
Não que eu goste
Apenas te amo
Xinga
Grita
Me chama daquilo que não sou
Não importa
Não sou idiota
Hipócrita
Nunca fui falsa
Mas como besta alguém me desqualificou
Você diz que eu não te agrado mais
Pede que eu pare
Pede que eu vá dormir
Implora que eu não acorde
Você diz...
E eu ...
Realmente não te agrado mais
.
Postado por
NaNa Caê
08:30:00
.
Ah se fosse apenas esperar você
Voltar de umas férias longas
Se fosse só te dar um abraço apertado
E dizer que senti sua falta
Assim tudo se resolveria
Mas não...
Há orgulho demais
Coragem de menos
Há todos os antigos problemas
Somados com os atuais
Multiplicados pelos futuros
Que você cogita que poderão existir
Ah se fosse apenas amor...
Mas é bem mais
São duas vidas que se chocam
E se socam
Na cara
Uma da outra
Deixando feridos por todos os lados
.
Postado por
NaNa Caê
08:13:00
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A leitura foi feita
6 olhares desvendados
Em outros momentos
De cabeça para baixo
Troca-se o objeto
9 pontos negros...
Entre a lua
A música
E o chocolate
Ela prefere as pedras
Me troca por pedras
Uma a uma risca o chão
Fico então na espera
Sem malícias ou pecados
Apenas aguardando aquilo que nem os poetas conseguiram inventar
.