Tio Sukita Com Muito Gás Ensina

Postado por NaNa Caê quinta-feira, 17 de setembro de 2009 10:29:00

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Pediu que olhássemos no espelho
Nos mandou atentar
Sobre o que possivelmente poderíamos refletir

Traços incomuns
Diferentes
Marcas de nascença
Entre outras
Forçadas
Colocadas no corpo
Com tinta, agulha e metal

Insistiu que não era mero invento
Abdicação a modismo
Destacou como nossa natureza
De tão urbana
Cinza
Torna-se assim singular



Deitou sobre a mesa
Amarela
A elegante teoria
Presente em dois tempos
Distinta nas datas
Mas tão similares de constatação:

Pessoas-Falsetes por mais de 3 meses não existem
Falham
Acabam

Alertou sobre a exceção
Do indivíduo dotado
De disposição
Criativo para performances
Hábil na construção
De personalidades mesquinhas
Composto de respirar e inspirar teatral
Aquele fácil de apontar
Que carrega como tatuagem:
Fazer cena na vida
Tornar palco o dia a dia
Colocar o fingimento como algo material


Quando cheguei em casa então pratiquei
Parei em frente ao retângulo
Pequeno
Entre a porta e o chuveiro
E esperei
Logo impaciente coloquei a orelha no derradeiro
Mas só ouvi o repetido
O que ela sussurrou baixinho
Mais cedo
Só pra eu sentir:

- Além de atores astuciosos talvez camadas de máscaras possam existir


Entretanto que fique um ressalto

A detestada temperatura dessa cidade
Pelo menos nesse caso
Até que pode nos fazer feliz

Alguns derretimentos aqui ocorrem de forma rápida
Prática

E as deformidades assim surgem
Com maior facilidade

Bem em nossa frente

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[ Ouvindo: Placebo - Passive Aggressive ]

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